O Ministério da Saúde quer CPF como número-chave de acesso ao SUS, segundo anúncio feito pelo ministro Alexandre Padilha. A proposta deve ser apresentada oficialmente até julho e tem como objetivo centralizar e simplificar o acesso aos serviços públicos de saúde. Durante audiência na Câmara dos Deputados, o ministro afirmou que o CPF será transformado em um identificador único dentro do Sistema Único de Saúde. A medida busca eliminar duplicidades de registros e facilitar a gestão de dados no sistema nacional.
De acordo com Padilha, a ideia de que o Ministério da Saúde quer CPF como número-chave de acesso ao SUS não é nova. Ele relembrou que, entre 2011 e 2014, quando também esteve à frente da pasta, muitas pessoas tinham até seis cartões do SUS, cada um com numeração diferente. Na época, uma das ações do DataSUS foi justamente vincular esses múltiplos registros a um único CPF. Essa experiência anterior agora serve como base para o novo projeto de unificação.
Um dos principais desafios na época era a ausência de CPF para crianças recém-nascidas, o que inviabilizava a adoção do número como chave principal. Contudo, com a política implementada ainda no governo Dilma Rousseff, os bebês passaram a sair da maternidade já com um CPF. Segundo o ministro, essa mudança foi fundamental para tornar o plano atual viável, demonstrando que o Ministério da Saúde quer CPF como número-chave de acesso ao SUS de forma estrutural e abrangente.
Apesar dos avanços, o Ministério da Saúde reconhece que ainda enfrentará obstáculos para universalizar o uso do CPF como chave única. Populações em situação de rua, indígenas e imigrantes podem ter dificuldades de documentação, mas, segundo Padilha, esses casos são exceções. A maioria da população brasileira já possui CPF, o que permitirá que o plano tenha alcance nacional. Ainda assim, medidas específicas serão planejadas para esses grupos vulneráveis.
O projeto que o Ministério da Saúde quer apresentar busca não apenas facilitar o acesso, mas também melhorar o controle de políticas públicas. Com o CPF, será possível cruzar dados com outras bases do governo, aprimorando o acompanhamento de pacientes, o monitoramento de vacinas e a gestão de recursos. O uso de um identificador único é prática comum em vários países e tem mostrado bons resultados em termos de eficiência e transparência.
A proposta de que o Ministério da Saúde quer CPF como número-chave de acesso ao SUS também pretende reduzir fraudes e agilizar o atendimento nas unidades de saúde. Com a unificação de dados, será mais fácil identificar histórico médico, agendamentos e tratamentos em andamento. Essa digitalização poderá ajudar a reduzir filas e burocracias, otimizando o uso de recursos humanos e materiais no sistema.
Padilha enfatizou que o Ministério da Saúde quer CPF como número-chave de acesso ao SUS para promover uma verdadeira transformação digital no setor público. Segundo ele, a pandemia mostrou a importância da integração de dados de saúde, e agora o Brasil tem condições técnicas e políticas para avançar nessa direção. A meta do ministério é lançar o plano em julho e iniciar a implementação progressiva em todo o país.
Com essa medida, o governo federal sinaliza uma nova etapa na modernização do SUS, reafirmando que o Ministério da Saúde quer CPF como número-chave de acesso ao SUS como um passo rumo a um sistema mais ágil, inclusivo e eficiente. A expectativa é de que o projeto contribua para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde, garantindo mais controle e qualidade no atendimento oferecido aos mais de 200 milhões de brasileiros usuários do SUS.
Autor: Igor Blinov