Estados Unidos cortam financiamento a Gavi após acusações de ignorar ciência em imunização infantil no Brasil e mundo
Em uma decisão que gerou polêmica internacional, os Estados Unidos decidiram deixar de financiar a Gavi (Vaccine Alliance), uma organização global que ajuda a comprar vacinas para crianças em países pobres. A decisão foi tomada após Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, acusar a entidade de ignorar a ciência na imunização infantil ao redor do mundo.
Segundo Kennedy, a Gavi tratou as questões sobre segurança vacinal como um problema de relações públicas em vez de uma preocupação legítima com a saúde dos pacientes. Ele também criticou os líderes da Gavi por serem seletivos no uso da ciência para justificar suas escolhas de vacinas. “Em seu zelo por promover a vacinação universal, a Gavi negligenciou a questão central da segurança das vacinas”, disse Kennedy em sua declaração.
A decisão dos EUA de cortar o financiamento à Gavi é um golpe duro para a organização, que depende em grande parte do apoio financeiro internacional para continuar seu trabalho. A Gavi havia sido fundada em 2000 com o objetivo de fornecer vacinas a crianças em países pobres e em desenvolvimento. No entanto, a acusação feita por Kennedy é grave e pode ter consequências significativas para a organização.
A Gavi rejeitou as críticas feitas por Kennedy, afirmando que suas compras de vacinas são baseadas na melhor evidência científica disponível. Em comunicado, os líderes da Gavi disseram que “não há base factual para acusações de que a Gavi tenha feito escolhas de vacinas com base em considerações políticas ou de relações públicas”. A decisão dos EUA é uma preocupação não apenas para a Gavi, mas também para o Brasil e outros países em desenvolvimento que dependem do apoio internacional para garantir a imunização infantil.